A formação de um solo é um processo demorado, onde os diversos horizontes do seu perfil resultam da combinação de diferentes fenómenos físicos, químicos e biológicos. Destes destacam-se, pela sua importância, a natureza da rocha-mãe, o clima, a topografia e fisiografia, a vegetação, o tempo e as actividades antrópicas. A sua interacção incute aos solos características e propriedades específicas, originando uma grande variedade. A sua sistematização implica um conhecimento da cobertura pedológica e uma escolha de critérios (génese, morfologia e outras características do solo, clima da região, regime hídrico, etc) de forma a estabelecer diferentes categorias (Ferreira, 2004).

A este da falha de Messejana, zona de origem vulcânica, apenas se encontram leptossolos e luvissolos, no entanto, a oeste da mesma falha na bacia sedimentar do Sado, as unidades mais abundantes são os vertissolos e os luvissolos, encontrando-se os restantes apenas com representação pontual.

As cinco unidades resultantes das associações de solos foram caracterizadas quanto aos seguintes aspectos: solos dominantes e sua representação; litologia, relevo e declives dominantes; perfis característicos (espessura do solo, textura superficial, capacidade para a água utilizável, pedregosidade); área aproximada (do conjunto das manchas da mesma unidade); uso dominante, etc.